É tempo de celebrar a infância.
Aplicar valores que qualificam e não quantificam é um grande desafio.
Costurar para a criança é fazer um exercício de acolhimento que preenche de afeto.
Então decidi coser gatinhos para que as crianças criassem vínculo afetivo.
Cada laçada foi realizada com muito carinho e com bons pensamentos para cada criança.
Inclusive fiz questão de fazer na cor que cada criança mais gosta.
E entregar os gatinhos foi muito emocionante para mim.
Cuidei de cada detalhe que valoriza e disponibiliza afeto incondicional.
Assim sendo, os gatinhos não foram embrulhados.
Embrulhar seria um impedimento para a criança expressar seus sentimentos.
Então a ninhada foi colocada dentro de uma fronha.
Cheguei com o saco cheio de gatinhos.
Perguntei se já haviam visto uma gata esperando gatinhos.
Disseram que sim.
E eu contei que uma gata pediu para eu entregar os filhotinhos dela para eles.
Uma menina disse que tinha medo.
Mas sua irmã disse que não tinha medo e que queria um gatinho.
Mesmo eu perguntando a cor que ela queria, todos acreditaram que eram gatinhos de verdade.
E são.
Solicitei que abrissem as mãozinhas para eu colocar delicadamente o gatinho.
Foi lindo vê-los acolhendo seus gatinhos.
O exercício do vínculo é um ato que preenche nossos corações.
As crianças precisam sentir-se aceitas para expressarem quem são.
Existe magia no ato de costurar. Não basta apenas a ideia de conceber um trabalho manual. Só a fé de nada resolve, pois poderá o seu projeto jamais decolar. A ação, que por si só é incapaz de construir, necessita da existência da intenção.
