Alfabetização

Diário da prática docente

Alfabetizar é um ato psicossocial e requer que as necessidades biológicas sejam atendidas para que de fato ocorra o aprendizado. Conforme a neurociência descobriu, os neurônios que processam as imagens visuais são programados para simetrizar a informação. E que para ler e escrever é preciso superar essa limitação e reprogramar os neurônios. O que revela o quanto é importante compreender como se processa a capacidade neurológica para o aprendizado da escrita e da leitura.

Diante destas novas demandas há a necessidade de maior preparo e dedicação, visto que alfabetizar é transpor limites biológicos. Portanto temos que estar atentos para que de fato sejamos agentes de transformação e partilha de saberes. As experiências revelam que isso é possível.

Logo, o processo da alfabetização necessita de intervenções na sua aplicação. Estas intervenções são específicas e estão relacionadas à metodologia, que deve promover a compreensão do funcionamento do código e a sua correspondência entre as letras do alfabeto, que têm a função distintiva na escrita (grafar), por conseguinte, grafema é a representação gráfica dos fonemas através das letras da língua que elas representam. Portanto, ser capaz de identificar o som da palavra, e a partir dai reproduzir este som ouvido por escrito representa ter o domínio deste código. Assim sendo, trata-se de um processo mental de significação.

Portanto, ser professor especializado em alfabetização é ter uma profissão apaixonante, todavia, há muito ainda por se fazer para que a alfabetização seja devidamente aplicada.

Texto: PENSAR A ALFABETIZAÇÃO COMO UM ATO SOCIAL de Elisa Maria Machado Lima

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